Acompanhamento do Processo de Ensino e aprendizagem

11 - Acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem


            Quando se necessita de alteração na qualidade do trabalho pedagógico, é preciso que a
escola tenha clareza e certeza de suas finalidades. É preciso repensar a
organização do conhecimento escolar, pensando numa mudança como um todo, proporcionando
mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de decisão.
            É importante ressaltar que, além de reorganizar a escola, o Projeto Político Pedagógico se
concretiza em sala de aula, pensando a escola como espaço coletivo coerente.
Os professores precisam refletir e discutir sobre alguns elementos básicos do
cotidiano escolar, como: aprendizagem, conhecimento, ensino e avaliação.
            Para tanto, a organização do processo de ensino deve viabilizar a recepção dos conteúdos
socioculturais, colocando o educando em contato com o saber já elaborado, e o
exercício assimilativo dos conteúdos praticados e aplicados em diversas áreas e
em seus diversos níveis de complexidades, de maneira que sejam ativamente
internalizados.
            O acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem da Escola Estadual
Rodrigues Alves é realizado pelos professores, coordenadores e direção
pedagógica, por meio do acompanhamento diário do rendimento escolar e dos
indicadores de aprendizagem.
            Com essa visão na escola, a avaliação da aprendizagem deve ser processual e contínua de
caráter dinâmico, abrangente, diagnóstico e construtivo.
 

11.1 - PLANEJAMENTO
            O planejamento é o fio condutor da ação educativa. Nele são congregados aspectos
históricos, políticos, sociais e econômicos. Ao mesmo tempo consolidam tarefas
e saberes críticos, criativos, reflexivos, transformadores. O planejamento deve
contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexão-ação na busca constante
de um processo de ensino aprendizagem produtivo.
             A partir do ano de 2012 as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato
Grosso do Sul, passaram a utilizar o planejamento on-line, sendo este lançado
pelo professor no sistema e conferido pelos coordenadores das escolas. A
princípio trabalhou-se com o sistema de planejamento quinzenal. A partir do
recebimento da
            Comunicação Interna n° 066/2012, da Superintendência de Políticas de Educação, as escolas
puderam optar por realizar, no quarto bimestre, o planejamento quinzenal ou
mensal, por meio de um processo democrático, mas com o compromisso da
homogeneidade de escolha, sendo que o corpo docente deverá utilizar a mesma
alternativa (quinzenal ou mensal). Ao término do ano letivo de 2012, os
professores optaram pelo planejamento mensal. O Referencial Curricular para a
Rede Estadual de Ensino é seguido como norte para os professores prepararem
seus planejamentos.
 
11.2 - METODOLOGIA DE ENSINO
 
            Metodologia de Ensino: cada professor tem autonomia de implementar metodologia adequada à
sua disciplina. Isso permite levar em conta aspectos específicos, em cada uma
de suas atividades, sejam de caráter teórico ou prático, inclusive no que diz
respeito ao espaço ao espaço físico que esteja sendo utilizado, número de
alunos na atividade, etc.
            Mas a metodologia recomendada pela Coordenação Pedagógica e que deve ser introduzida
como referência pelos professores, compreende:



  • foco no aluno, dentro de um ambiente de aprendizagem que vise o aprender a
         aprender, isto é, "aprender fazendo para aprender a pensar";

  •  as aulas devem ser processo de comunicação educacional planejado e dinâmico;

  •  aulas expositivas, teórico-práticas; associar, em cada conteúdo, exemplos
         práticos, apoiados nos recursos midiáticos, oferecidos pela escola;

  • aulas práticas, utilizando além da sala de aula os espaços oferecidos pela
         escola, no formato de oficinas de criatividade;

  •  para o ensino médio: seminários ministrados pelos professores, ou pelos alunos,
         sob orientação. Seminários interdisciplinares envolvendo professores de
         áreas afins ou até de outras áreas;

  •  projetos didáticos.

           
A concepção de processo ensino-aprendizagem tem por base o interagir e o
construir. Conforme encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, "ressignificar
a unidade entre aprendizagem e ensino
" (P.C.N., 1997, p. 50).
Esse ressignificado foi encontrado no marco explicativo do construtivismo configurado
a partir da psicologia genética, da teoria sócio-interacionista e das
explicações da atividade significativa.
            A concepção de ensino-aprendizagem extraída dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e
utilizada nos Referenciais Curriculares para a Educação Básica de MS é coerente
com as concepções de educação e de escola explicitadas pelo construtivismo.
Mas, seus desdobramentos e consequências para a prática educativa são
desconhecidos da parte dos professores das escolas de educação básica do nosso
estado.
            De Jean Piaget podemos ressaltar a possibilidade de interpretar a realidade, de
construir significados e, ao mesmo tempo, permitir a construção de novas
possibilidades de ação e de conhecimento. Ao interagir com o objeto,
constroem-se representações que funcionam como explicações segundo uma lógica
interna pessoal e, assim, essa interação propicia sucessivas aproximações e
transformações no conhecimento, que podem ser tomadas como erros construtivos.
O desdobramento imediato para a educação, dessa concepção, é que o aluno é o
agente do processo de aquisição do conhecimento, que é resultado de um
complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção,
utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares.
(P.C.N.,
1997, p. 51).
            A inclusão do sócio-interacionismo se deu pela ênfase à construção social da escola e ao
significado socialmente construído dos conteúdos escolares em diferentes
momentos históricos. Ao explicitar a necessidade de significação no processo de
construção do conhecimento, foi reforçada a ideia de problematização do real, a
elaboração de hipóteses e a experimentação, atividades que se interligam aos
fatores afetivos, motivacionais e relacionais, como pretendido por Piaget.
Buscou-se em Vygotsky a visão de que pensamento e linguagem imbricam-se com o
desenvolvimento da criança e são construídos na sua história pessoal e
coletiva.
            A contribuição maior, no nosso entender, do sócio-interacionismo, é exatamente
essa concepção que faz o pêndulo se centrar não mais só no professor ou só no
aluno, mas na atuação do professor enquanto mediador entre o conhecimento e
seus alunos. É o professor quem deve perceber o nível de desenvolvimento real e
proximal, com vistas a alavancar o desenvolvimento potencial dos alunos,
objetivo da prática educativa no contexto da sala de aula.
            O processo ensino-aprendizagem é dinâmico, complexo e ocorre em situações concretas e tem
múltiplas determinações, internas e externas à escola. A aprendizagem não
ocorre apenas na sala de aula, mas nela o processo ensino-aprendizagem precisa
ser organizado segundo finalidades, objetivos e atividades favorecedoras da
construção-reconstrução do conhecimento e da busca de novas formas de
aplicá-lo. O professor deve evitar um fazer pedagógico espontâneo, mecânico,
repetitivo, entendendo que as situações de ensino são situações didáticas,
determinadas e determinantes. Abrangem o comprometimento da sala de aula com a
escola, a comunidade, a sociedade e a cultura, numa prática comprometida e
transformadora.
            A escola é concebida como o espaço de acesso ao saber produzido socialmente, sistematizado
e organizado de maneira a entrelaçar-se com as questões sociais de cada momento
histórico, inclusive as atuais. Para tanto ela deve ser um espaço de informação
capaz de permitir a compreensão da realidade para nela interferir, bem como, a
possibilidade de usufruir das produções culturais nacionais e internacionais.
A prática escolar deve possibilitar o desenvolvimento das capacidades do aluno,
sua participação em relações sociais, políticas e culturas diversas e
ampliadas, o exercício da cidadania em busca de uma sociedade mais democrática.
            A aquisição dessas formas de saber e fazer deve favorecer o desenvolvimento individual
imbricado ao contexto sociocultural. Nesse contexto encontram-se dados da
cultura da comunidade do aluno, regionais, nacionais e mundiais. Essa
valorização do aluno enquanto agente do seu saber-fazer mediante a
construção-reconstrução do conhecimento remete à necessidade de colocá-lo
frente às questões relativas à globalização, às transformações científicas e
tecnológicas, aos valores éticos da sociedade, às necessidades atuais impostas
pelo trabalho.
            Enfim, o que se propõe no Projeto Político Pedagógico, para ser trabalhado por todos os
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, é a formação de um aluno-cidadão
em contato com os saberes selecionados como necessários para a construção dessa
cidadania a partir do espaço escolar, concebido como uma permanente construção.
            O trabalho pedagógico deve ser organizado para alcançar esse objetivo, e o planejamento de
ensino articular objetivos, conteúdos, metodologia e sistemática de avaliação
de maneira contínua, dinâmica, globalizante, voltados para a formação de seres
humanos críticos, questionadores, atuantes. A postura comprometida com o fazer
pedagógico e com o social é condição básica para superar um ensino paralisante,
transmissor de verdades, conceitos e preconceitos cristalizados e para permitir
uma prática pedagógica transformadora.
 
11.3 - PROJETOS E PROGRAMAS OFERTADOS
 
11.3.1 - PROJETOS QUE A ESCOLA DESENVOLVE
 
            Para melhorar o processo educacional na unidade escolar, a Escola Estadual Rodrigues
Alves desenvolve vários projetos no decorrer do ano letivo, sendo:



  • Projeto de leitura;

  • Festa Junina;

  • Programa de Formação do Ensino Médio: PACTO;

  • Prevenção  ao uso de drogas;

  • Projeto  Mato Grosso do Sul: Nossa História, Nossa Gente;

  • Projeto Família na Escola;

  • Projeto Educação para o Trânsito;

  • Feira  de Ciências, Cultura e Conhecimento;

  • Projeto Semana da Pátria;

  • Projeto  Conservação do Patrimônio Escolar;

  • Projeto Meio Ambiente e Qualidade de Vida;

  • Projeto  Étnico-Racial e Cultura Afro;

  • ProjetoTodos contra a Dengue;

  • Projeto Bullying;

  • Projeto  "Os recursos Tecnológicos e Midiáticos no fazer pedagógico do
         Professor";

  • Projeto "Avaliação e os Indicadores da Escola".

  • Projeto "Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva".


            Na unidade escolar temos também os seguintes projetos desenvolvidos extra-classe e sob
autorização da SED/MS: Projeto aulas de violão e o projeto de treinamento
escolar voleibol e futsal masculino e feminino. Todos os projetos estão sob
responsabilidade da direção adjunta e equipe da coordenação pedagógica.
            Para se ter um conhecimento do trabalho que a unidade realiza, são realizados na Escola
Estadual Rodrigues Alves, participações em várias avaliações externas, tais como:



  • Olimpíadas da Matemática - OBMEP;

  • Olimpíada da Língua Portuguesa- OLP;

  • SAEB;

  • SAEMS;

  • Prova Brasil;

  • ENEM.

Eventos que a escola desenvolve:



  • Visitas com alunos a museus e cidades históricas, com o objetivo de resgatar as
         origens culturais;

  • Viagem  com os alunos dos 9º s e 3ºs anos, tendo por finalidade a conclusão de uma
         etapa de ensino como forma de valorizá-los;

  • Jogos Estaduais e Municipais;

  • Visita  a exposições e feiras que promovem o aprendizado dos alunos;

  • Jogos Interclasse.